Gengibre, a especiaria que emagrece, tira dores e nutre.

18 de fevereiro de 2018 6 minutos de leitura
gengibre

O gengibre é uma planta com flores do sudeste da Ásia. É uma das especiarias mais saudáveis (e mais deliciosas) do planeta. Pertence à família Zingiberaceae e está intimamente relacionado à cúrcuma, ao cardamomo e à galanga.

O rizoma (parte subterrânea do caule) é a parte que costuma ser usada como tempero. Geralmente é chamado de raiz de gengibre ou simplesmente gengibre, ele pode ser usado fresco, seco, em pó ou como óleo ou suco. É um ingrediente muito comum em receitas. Além de estar presente em alimentos processados e cosméticos.

Conheça mais o gengibre

Primeiramente, o gengibre é uma das ervas-raízes tradicionais de importância culinária e medicinal. Gengibre compõe novos compostos fitoquímicos e ocupa um lugar especial, mesmo hoje, em muitos medicamentos tradicionais para a prevenção de doenças e propriedades promotoras da saúde.

Acredita-se que Ginger tenha se originado nos contrafortes do Himalaia, no norte da Índia. Hoje, é amplamente cultivada em todo o mundo como uma importante cultura comercial de especiarias. Sua raiz possui extensão em forma de dedo que crescem para baixo a partir da superfície do solo.

A raiz fresca possui uma pele externa cinza prateada (casca). As seções de corte apresentam uma carne crocante, branca, amarela ou vermelha, dependente da variedade. O gengibre tem um cheiro picante, picante e aromático que vem de óleos essenciais e compostos fenólicos como gingeróis e shogaols na raiz.

Benefícios do gengibre para a saúde

Ademais, essa especiaria, com seu sabor forte, provou ter muitas propriedades benéficas para nossa saúde. Aqui estão algumas das mais importantes:

Melhora a digestão e alivia náuseas

Com o passar dos anos, o refluxo se torna mais frequente devido à diminuição das contrações do esôfago e ao atraso na motilidade do estômago. Além disso, há uma redução de substâncias que auxiliam a digestão. O gengibre reduz a presença de gases e ajuda a proteger a mucosa gástrica. 

Estudos mostram uma inibição do desenvolvimento da Helicobacter pylori, uma bactéria ligada ao desenvolvimento da gastrite. Também ajuda a reduzir a náusea. Seu efeito sobre o enjoo é devido à sua ação sobre as substâncias químicas envolvidas na função do sistema nervoso. Também reduz a náusea e o vômito causados pela quimioterapia.

Potente antibacteriano

Essa raiz ajuda a prevenir a diarreia causada por bactérias como E.coli, Campylobacter e certos tipos de Salmonella e Shigella. Estudos pré-clínicos mostram que o gengibre bloqueia a ligação da enterotoxina da bactéria às células em camundongos, reduzindo assim a colonização do trato digestivo por esses micro-organismos.

Ajuda a prevenir o câncer

Embora sejam necessárias mais pesquisas para comprovar as descobertas, as culturas de células revelam um efeito antiproliferativo do gengibre em alguns tipos de câncer, como o linfoma de Dalton. 

Além disso, descobriu-se que ele é benéfico contra o câncer de cólon, bem como contra certos tumores malignos do fígado. Se você tiver câncer, é importante que não abandone o tratamento médico e, se quiser incluir a terapia integrativa, consulte seu oncologista.

Auxilia no combate a gripe

Um estudo demonstrou que o gengibre tem atividade antiviral contra um vírus que causa resfriados em adultos e infecções graves em bebês: o vírus sincicial respiratório. De acordo com as pesquisas disponíveis, o gengibre fresco inibe a formação de uma placa no revestimento das vias aéreas e ajuda as células da mucosa das vias aéreas a combater o vírus.

Processamento do gengibre

Antes de mais nada, o processamento do gengibre ocorre de várias maneiras diferentes. Você pode encontrá-lo fresco, em pó e como tempero. Os famosos biscoitos de gengibre, uma sobremesa típica do Natal, permitem que você aproveite seus benefícios. É um produto que também pode ser consumido na forma líquida, seja como óleo de gengibre, suco ou infusão. Há também cremes, géis e produtos cosméticos que contêm gengibre, confira dicas de consumo a seguir.

Dicas de consumo

O gengibre é uma planta de jardim, de modo que suas raízes e folhas frescas são fáceis de colher para uso imediato. No comércio, escolha raízes frescas e orgânicas em vez da forma seca, pois elas têm qualidade e sabor melhores.

As raízes frescas precisam passar por uma pesagem manual. O gengibre tem que estar robusto, suculento, com uma casca amarelo-acinzentada e sem manchas escuras ou mofo. A raiz seca, em pó ou moída também está disponível nessas lojas.

Mas lembre-se: elas podem conter níveis significativamente reduzidos de óleos voláteis, como os gingeróis. A raiz fresca pode ficar na geladeira por até um mês ou mais. O gengibre em pó ou moído deve então estar armazenado na geladeira em recipientes herméticos.

Para consumir, lave a raiz fresca de gengibre em água corrente fria ou enxágue-a por alguns minutos para remover qualquer areia, terra ou pesticidas. A raiz fresca tem um sabor pungente e picante que pode atingir os sentidos no paladar e nas narinas.

Para manter a fragrância e os sabores intactos, ela geralmente é adicionada no último minuto nas receitas culinárias, pois o cozimento prolongado faz com que os óleos essenciais evaporem.

Usos medicinais

Fatias de raiz de gengibre, cozidas em água com suco de limão ou laranja é uma bebida popular à base de ervas na medicina ayurvédica para aliviar o resfriado comum, tosse e dor de garganta.

A sua extração é usada como um veículo para mascarar a amargura e dar mais sabor às preparações tradicionais de Ayurveda. O gengibre aumenta a motilidade do trato gastrointestinal e tem propriedades analgésicas, sedativas, anti inflamatórias e antibacterianas.

Estudos demonstraram que isso pode ajudar a reduzir a náusea da gravidez e pode ajudar a aliviar a enxaqueca.

Aviso de segurança

Portanto, os efeitos colaterais mais comuns podem ser gastrite, diarreia ou azia. Deve-se ter cautela ao tomar medicamentos anticoagulantes e antiplaquetários (também ibuprofeno ou aspirina). 

Em casos de hipertensão, cálculos biliares, úlceras digestivas, diabetes, gravidez e amamentação, o consumo precisa por manitoramento sob a supervisão de um médico especialista.

Fontes

  1. USDA National Nutrient Database (em inglês).
  2. Gernot-Katzer’s spice pages (em inglês).
  3. Stanford School of Medicine Cancer information Page- Nutrition to Reduce Cancer Risk (em inglês).

 

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