Salsa além da culinária: um alimento funcional e planta medicinal

19 de fevereiro de 2018 6 minutos de leitura
salsa

A salsa é um dos temperos mais usados na cozinha. É uma planta usada tanto na culinária quanto na medicina natural. Isso se deve ao fato de que a salsa tem muitas propriedades para a nossa saúde, portanto, devemos mantê-la sempre fresca e em perfeitas condições.

Historicamente, essa erva tem sido tratada como condimento ou tempero, mas do ponto de vista nutricional ela é de grande valor. A salsa é depurativa, digestiva e muito nutritiva. Combinando suas propriedades com seu sabor versátil, há muitos motivos para usá-la na cozinha. Quer saber para que serve a salsa e por que você deve incluir na sua dieta? Então preste atenção a este post. Descubra os benefícios e as propriedades da salsa

Conheça mais a salsa

A salsa é uma erva culinária e medicinal popular reconhecida como um dos alimentos funcionais por seus antioxidantes únicos e propriedades preventivas de doenças. Esta pequena erva frondosa é nativa da região do Mediterrâneo.

A erva é uma pequena planta com folhas de verde escuro que se parecem com folhas de coentro, especialmente na folha. No entanto, suas folhas são maiores por tamanho e sabor mais ameno do que a das folhas do coentro. Além disso, vem sendo amplamente empregada na cozinha brasileira, mediterrânea e europeia.

Benefícios da salsa para a saúde

A salsa é uma das ervas de baixa caloria: 100 g de folhas frescas tem apenas 36 KCal. Além disso, suas folhas mantêm zero colesterol e gordura, mas são ricos em antioxidantes, vitaminas, minerais e fibras alimentares. No geral, a erva ajuda no controle do colesterol no sangue e pode oferecer proteção contra feridos, além de muitos outros benefícios.

É anti-inflamatória

A salsa contém vitamina C e luteolina, que atuam como um agente anti-inflamatório altamente eficaz. Se consumida regularmente na dieta ou em forma de suplemento, as patologias de origem inflamatória melhoram consideravelmente, como osteoartrite, artrite reumatoide etc.

As qualidades antioxidantes da salsa reduzem o risco de câncer, doenças cardíacas, derrame e catarata. As pessoas predispostas a esses males podem usá-la preventivamente.

Rico em minerais

Possui um alto teor de outros minerais, como ferro e zinco, minerais essenciais para purificar o sangue e fortalecer os glóbulos vermelhos, portanto, podemos facilmente usar a salsa para tratar problemas como a anemia.

Rica em potássio

Por ser um vegetal rico em potássio, ajuda a ter uma boa circulação, regulando a pressão arterial. Para todos aqueles que sofrem de hipertensão, a salsa é um alimento a ser adicionado à sua dieta diária. Além disso, essa planta ajuda na prevenção de problemas nas articulações.

Diurética

A salsa serve como um tratamento natural para limpar os rins, pois essa planta tem qualidades diuréticas que estimulam a função renal. Isso facilita a eliminação de líquidos do corpo, evitando a retenção de líquidos e a obesidade.

Pessoas obesas, com celulite, pernas inchadas, edema e insuficiência cardíaca ou renal leve podem se beneficiar de seu efeito diurético. Além de comer mais salsa, elas podem tomar três colheres de sopa do suco obtido do esmagamento da planta uma ou duas vezes por dia.

Processamento da salsa

Os romanos foram os primeiros a usar a salsa como alimento. Essa erva é um condimento perfeito para ensopados, embora possamos usá-la em muitas outras receitas, como sopas, maionese ou vinagretes. Ela tem vários processamentos, confira dicas de uso:

Dicas de consumo

As salsas frescas e secas estão disponíveis nos mercados durante todo o ano. Ao comprar, opte pelas folhas frescas de salsa, pois são superiores em sabor e ricas em vitaminas e antioxidantes vitais. A erva deve apresentar folhas verdes vibrantes e hastes firmes. Elas devem estar livres de mofo, manchas escuras ou amareladas.

Assim como com outras ervas secas, ao comprar salsa seca, tente comprar uma que tenha sido cultivada organicamente, pois isso lhe dará algum senso de segurança de que não foi irradiado e isento de resíduos de pesticidas.

A salsa fresca deve ser armazenada na geladeira embalada em uma bolsa de fecho envolvente em uma toalha de papel ligeiramente humedecida. As folhas secas podem ficar bem por alguns meses, quando armazenadas em um recipiente de vidro bem fechado e colocadas em local frio, escuro e seco.

Usos medicinais

A salsa é, obviamente, um alimento recomendado para todos. Ela se destaca por suas propriedades diuréticas, digestivas, remineralizantes e protetoras dos vasos sanguíneos. É um dos principais ingredientes dos smoothies verdes. Contudo, se tomado diariamente, pode ser benéfico graças aos seus fitoquímicos, que são eficazes em pequenas doses. De fato, é uma verdadeira planta medicinal.

Seu nome pode ter algo a ver com uma de suas aplicações terapêuticas. “Salsa” significa “aipo de pedra” e vem do grego petras (pedra) e selinum (aipo). O fato de os gregos terem escolhido o termo “pedra” pode estar relacionado ao seu uso para prevenir e tratar pedras na bexiga e nos rins.

Esse e outros efeitos da salsa são devidos a um de seus principais compostos orgânicos: o apiol. Ainda não se sabe como o apiol age no organismo, mas seu efeito é depurativo. O apiol também é conhecido como uma resina feita de três princípios ativos da planta: o próprio apiol, a apiolina e a miristicina.

Uma decocção da raiz ou das folhas secas, na qual o princípio ativo está concentrado, é usada para eliminar líquidos e toxinas, expelir resíduos dos rins e aliviar a congestão da próstata e dos órgãos purificadores (rins, fígado e pele). O apiol também é emenagogo, ou seja, promove a menstruação.

Outras virtudes muito apreciadas da salsa são o fato de abrir o apetite e ajudar na digestão. Ela é boa para o estômago (aumenta o fluxo sanguíneo para o estômago) e ajuda a liberar gases intestinais. Além disso, graças ao seu conteúdo de clorofila, mastigar as folhas frescas combate o mau hálito, especialmente quando causado pelo alho.

Aviso de segurança

A salsa não deve ser consumida em grandes quantidades ou como droga ou suplemento por mulheres grávidas. O óleo essencial na sua raiz, folha ou semente pode levar a estimulação uterina, sangramento e parto prematuro.

Esta planta herbácea é muito alta em ácido oxálico, 1,70 mg por 100 g. O consumo prolongado de alimentos ricos em oxalato pode resultar em artrite gotosa, pedras nos rins e deficiências de nutrientes minerais. 

O óleo de salsinha contém furanocumarinas e psoralenos, o que pode levar a uma fotossensibilidade extrema se usado oralmente.

Fontes

  1. Refer Stanford School of Medicine Cancer information Page-Nutrition to Reduce Cancer Risk (em inglês).
  2. Pub med: Parsley (em inglês).
  3. USDA National Nutrient Database (em inglês).

 

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